Há uma bonita obra chamada “O Profeta”, do poeta libanês Kahlil Gibran. Trata-se conselhos proféticos, filosóficos e poéticos sobre questões da vida que o personagem chamado “Al Mustafá” dá ao povo da cidade de Orphalese, antes de retorna à sua terra natal. No fundo, no fundo, com este obra, Khalil Gibran nos convida voltar nosso olhar para dento de nós mesmos, a fim de nos tornarmos sempre e cada vez mais, pessoas verdadeiras, íntegras e coerentes. A edição brasileira deste livro foi lançada em 1972. Fiz a leitura com a tradução de Ricardo R. Silveira, publicado pela Editora Ediouro, em 1995; Rio de Janeiro. A seguir, transcrevo um trecho da obra, presente nas páginas 71-72. Boa reflexão a todos! ======================== E um jovem disse, “Fala-nos da Amizade.” E ele respondeu, dizendo: “Vosso amigo é a resposta a vossas necessidades. Ele é o campo, que semeais com amor e colheis com gratidão. E é o vossa mesa e vossa lareira. Pois ides até ele com fome e buscais nele vossa...
=== LOUCURA E SANIDADE === Luis Gustavo da Silva Joaquim Há bastante tempo tenho pensado sobre a tenuidade entre loucura e sanidade. Isso, claro, tem um contexto. Gosto bastante do período literário e artístico do século passado; sobretudo no que diz respeito à pintura e poesia modernas. Por isso, estive revisitando aspectos da brilhante “Semana de Arte Moderna”, de 1922. Olho, por exemplo, a belíssima pintura de óleo sobre a tela composta por Vincent van Gogh, chamada “A noite estrelada” e datada de 1889: Trata-se da vista da janela de seu quarto do hospício que habitava por livre vontade. Na obra, o autor expressa o mundo, por meio de sua visão, com pinceladas fortes e onduladas, dando a impressão de movimento e vida. A vila, que aparece no quadro, dizem que não fazia parte da vista real da janela, mas era uma memória do bairro onde o autor cresceu. Ora, aqui, penso: como a mistura de memória e realidade nos faz criar fantasmas interiores. Como podemos acredi...